O porquê da inclusão de terapias no meu portfólio

Nesses anos de atuação como coach (life e executive) percebi, em vários casos, que as pessoas tinham uma melhoria de desempenho no início do processo de coaching e depois voltavam ao nível de desempenho comum como antes no início do processo. Em alguns casos, até pioravam. Isso me incomodava e me intrigava. Eu questionava a minha capacidade de apoiar processos de transformação. Para tanto, aprofundei e expandi meus estudos sobre o ser humano, o que envolveu buscar conhecimento sobre neurociência, epigenética, campos morfogenéticos, programação neurolinguística, física quântica, educação transpessoal, psicologia positiva, entre outros.

Palavras como motivação, estímulo, desempenho e cura me acompanhavam. Motivadas pelo desejo ou necessidade de alcançar um melhor resultado em alguma área da vida, as pessoas me procuravam e durante o processo de coaching, recebiam várias ferramentas que serviam de estímulo para o seu objetivo, ou meta, como preferem chamar alguns.  Mas isso tornava a minha metodologia de coaching limitada. Foi difícil eu admitir isso naquela época sem sentir aqueles sentimentos decorrentes de um fracasso. Ainda que essa palavra soe forte, era assim que eu me sentia. Mas eu tenho uma missão e isso me torna incansável em buscar alternativas. Além do mais, um treinador é um buscador, um questionador, um incansável aprendiz. E eu sou, também, uma treinadora!

Li há algum tempo que não podemos levar os outros a caminhos que ainda não passamos. E esse tem sido o maior desafio na arte de ensinar e transformar vidas. Estou certa de que, em algum momento da vida (dessa ou de vida passada), houve um pacto: aceito essa missão e, para tanto, que eu mesma seja o meu principal objeto de estudo, custe a dor que custar. E então se cumpre a magia: a própria vida torna-se um campo de estudo. Sobraram situações para eu olhar para dentro e… encarar!!! Ficar cara a cara com o ego e dizer “tá tudo bem, eu precisei de você até aqui, mas agora você está me apertando e precisamos negociar várias coisas, incluindo, o espaço que dou a você em minha vida”.  Então, eu busquei além do conhecimento, ajuda de amigos terapeutas. Vou contar brevemente o caminho que percorri.

A HIPNOSE me revelou traumas e medos que eu, por defesa (nosso corpo e mente formam uma máquina de última geração), nem lembrava da existência. Alguns exemplos do que fica guardado em nosso inconsciente: a lembrança da primeira maça que comemos, o sentimento de carência do desmame materno, a alegria da primeira vogal escrita, a ansiedade do primeiro dia na escola e por aí vai. Associada à PNL – PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA, a hipnose ajuda a ressignificar os sentimentos e seguir com um novo olhar sobre tal vivência. Nos traz luz sobre determinados comportamentos e então, a mudança de padrão acontece e, consequentemente, criamos resultados diferentes.

Mas há ainda algumas situações que precisamos resolver, as quais pertencem ao nosso sistema. Neste caso, não se trata de estar guardada em nosso inconsciente, mas sim, escrita em nossa história através de nossos antepassados. A CONSTELAÇÃO SISTÊMICA, terapia criada pelo psicoterapeuta Berth Hellinger, olha com muito cuidado e amor para estas questões. Apesar de muitos acreditarem, não tem cunho religioso. É uma mistura de ciência e amor. E, assim como a moeda só é moeda porque tem os dois lados e só existe sombra porque tem luz, ciência e amor unem-se na Constelação, tornando-a uma terapia que une razão e emoção, com isenção de julgamento, com cuidado e possibilitando soluções. Por ser uma terapia que se baseia em campos morfogenéticos, assegura que quando uma pessoa se cura, cura também os seus ancestrais e os seus descendentes.

E, por fim, aprofundei no autoconhecimento através do ENEAGRAMA. Considero injusto dizer que o Eneagrama é uma ferramenta. Ele é um conhecimento ancestral e multidimensional. Fala sobre as personalidades, paixões, virtudes, centros de inteligência, instintos, geometria sagrada, caminho de stress, caminho de desenvolvimento, três forças, motivação e segue com uma infinidade de perspectivas que permite um profundo processo de autoconhecimento.

Diz Ram Dass: “Não podemos saber sabedoria… não posso saber sobre estar molhado sem ter estado molhado”. A sabedoria é mais do que uma questão de SABER, é uma questão de SENTIR e mais do que isso, de SER. Não posso ensinar sobre se secar, se nunca me molhei.

Assim, após experienciar estas terapias e vivenciar tudo o que elas trouxeram à minha vida, eu me especializei nelas. Pela experiência e estudo, estas possibilidades/terapias passam, a partir de agora, a fazer parte dos meus atendimentos. Integrei tudo o que acredito e que confio como alternativas de cura.

Através de tudo isso aprendi a ser AMOR EM AÇÃO e meu compromisso é SER AMOR, estimulando os processos de CONSCIÊNCIA DO  SER (humano e divino que somos), unindo COACHING e TERAPIA através das possibilidades/ferramentas que mencionei acima, apoiando processos de desenvolvimento e transformação, individuais e organizacionais, com o objetivo de participar ativamente da criação de um mundo melhor.